Os vírus são alguns dos patógenos mais letais para a humanidade, tendo causado epidemias e pandemias devastadoras ao longo da história. Alguns desses vírus possuem altas taxas de mortalidade, enquanto outros se espalham rapidamente, afetando milhões de pessoas.
Neste artigo, exploraremos alguns dos vírus mais mortais da história.
Varíola
A varíola foi uma das doenças mais devastadoras da história, com uma taxa de mortalidade de cerca de 30%. Os sobreviventes ainda lidavam com sequelas da doença como cicatrizes permanentes e, em alguns casos, cegueira. Estima-se que tenha matado mais de 300 milhões de pessoas no século XX. Sua forma mais comum e mortal é varíola major .
A doença se espalhava principalmente por meio de gotículas respiratórias e contato com fluidos corporais ou superfícies contaminadas.

Os sintomas da varíola incluíam febre alta, fadiga, dores no corpo e uma erupção cutânea característica que evoluía para pústulas cheias de pus. Graças à vacinação, a varíola foi erradicada em 1980, tendo portanto seu último registro de maneira natural em 1977.
Raiva (Rabies lyssavirus)
A raiva é uma doença viral causada pelo Rabies lyssavirus, que afeta o sistema nervoso central de mamíferos, incluindo humanos. É transmitida principalmente pela mordida de animais infectados, como cães, morcegos e guaxinins.

Os sintomas iniciais incluem febre, dor de cabeça e mal-estar, mas à medida que a doença progride, surgem espasmos musculares, confusão, hidrofobia (medo da água) e, eventualmente, paralisia e morte. Apesar de haver vacinas contra a doença, sem tratamento imediato, a raiva tem uma taxa de mortalidade próxima de 100%.
Ebola
O raro vírus Ebola é um dos mais letais conhecidos, causando febre hemorrágica grave com uma taxa de mortalidade que pode chegar a 90%. O primeiro surto registrado ocorreu em 1976, simultaneamente no Sudão e na República Democrática do Congo, próximo ao rio Ebola, de onde vem seu nome.

A transmissão ocorre pelo contato direto com fluidos corporais de pessoas ou animais infectados. Os sintomas iniciais incluem febre, dores musculares e fraqueza, seguidos por vômitos, diarreia, hemorragias internas e externas. Como não há cura específica, o tratamento consiste em suporte médico intensivo, incluindo reposição de fluidos e manejo dos sintomas.
Vírus Marburg
O vírus Marburg é um filovírus da mesma família do Ebola e causa febre hemorrágica grave. Ele foi identificado pela primeira vez em 1967, quando surtos ocorreram na Alemanha e na ex-Iugoslávia devido ao contato com macacos importados da África.
Os sintomas e tratamento, portanto, são semelhantes as do vírus Ebola.
Gripe Espanhola
A Gripe Espanhola, causada pelo vírus H1N1, foi uma das pandemias mais mortais da história, ocorrendo entre 1918 e 1919. Na mesma época, ocorria a Primeira Guerra Mundial que, inclusive, ajudou na disseminação do vírus. As condições precárias nos campos de batalha, o deslocamento constante de tropas e, além disso, o retorno de soldados infectados para seus países de origem acelerou ainda mais a disseminação global da doença.
Estima-se que um terço da população foi infectada e, como não havia antivirais ou vacinas na época, o controle se baseava em quarentenas e uso de máscaras.
Vírus HIV
O HIV, causador da AIDS, já matou mais de 36 milhões de pessoas desde sua identificação na década de 1980. O vírus surgiu a partir de uma mutação do SIV (Vírus da Imunodeficiência Símia) e acredita-se que tenha sido transmitido a humanos por meio do contato com primatas infectados na África Ocidental.

O HIV ataca o sistema imunológico, tornando assim o organismo vulnerável a infecções oportunistas. Sem tratamento, a doença evolui para AIDS, estágio em que o sistema imunológico fica gravemente comprometido.
Atualmente, os portadores do HIV podem levar uma vida normal graças ao uso de terapia antirretroviral (TAR), que impede a replicação do vírus e mantém a carga viral indetectável, reduzindo drasticamente a transmissão.
SARS-CoV-2 (COVID-19)
O vírus SARS-CoV-2, causador da COVID-19, originou a pandemia de 2020, que resultou em milhões de mortes no mundo. Apesar de sua taxa de mortalidade ser inferior à de outros vírus nesta lista, sua alta transmissibilidade fez com que impactasse a sociedade globalmente.
Quase cinco anos após a pandemia, os efeitos da pandemia ainda são sentidos. A economia mundial sofreu impactos significativos, com fechamento de empresas, aumento do desemprego e crise nas cadeias de suprimentos. Além disso, a pandemia acelerou a adoção do trabalho remoto e impulsionou o desenvolvimento de novas tecnologias na área da saúde.

Outro impacto notável foi na saúde mental, com o aumento de casos de ansiedade e depressão devido ao isolamento social e às incertezas da pandemia. Além disso, o setor educacional enfrentou desafios com a adaptação ao ensino remoto e a defasagem no aprendizado de milhões de estudantes ao redor do mundo.