Paulo Sérgio, um dos ícones da música romântica brasileira, nasceu em 10 de março de 1944, no Espírito Santo. Desde jovem, mostrou talento para a música, e começou sua carreira artística na década de 1960. Com uma voz marcante e uma presença de palco carismática, rapidamente conquistou o coração dos brasileiros.
Entretanto o Brasil logo se viu sem uma de suas vozes mais marcantes por uma fatalidade que até hoje intriga quem ouve a história.
Vida e Carreira
A trajetória de Paulo Sérgio na música começou na época em que o Brasil vivia a efervescência do movimento da Jovem Guarda. Conhecido por suas baladas românticas, ele se destacou com hits que falavam de amor e desamor, ressoando profundamente com o público. Suas canções, como “Última Canção” e “Não Creio em Mais Nada”, tornaram-se clássicos, fazendo dele uma figura adorada na música popular.
Com o passar dos anos, Paulo Sérgio consolidou sua carreira e lançou vários álbuns de sucesso. Ele se apresentou em diversos programas de televisão e festivais, onde sua voz inconfundível e seu estilo encantador cativaram um público cada vez maior. Além de cantor, ele também se aventurou como compositor, contribuindo portanto para diversas obras que enriquecem o repertório musical brasileiro.

românticas do país
Morte Prematura
No dia 27 de julho de 1980, Paulo Sérgio tinha uma gravação agendada nos estúdios da TV Bandeirantes, para o programa Hora do Bolinha, apresentado por Edson Cury. Durante sua participação, ele cantou em playback duas músicas de seu mais recente disco e, em seguida, retirou-se dos palcos de forma tímida. No entanto, ao deixar o Teatro Bandeirantes, um incidente ocorrido do lado de fora acabou se tornando o estopim para sua trágica morte.
Uma mulher, que se dizia fã do cantor, começou a xingar e hostilizar Paulo Sérgio. Ele tentou ignorar a situação mas, ao entrar em seu Camaro de cor gelo, a mulher, ainda decidida a atormentá-lo, lançou uma pedra que quebrou o para-brisas do carro. Visivelmente nervoso, Paulo saiu do veículo para avaliar os danos, mas seus acompanhantes o convenceram a deixar o ocorrido para trás e seguir para os shows.

“Hora do Bolinha”
Após o incidente, Paulo começou a reclamar de dores de cabeça, mas decidiu não procurar um médico. Ele completou a primeira apresentação, entretanto na segunda, ao cantar a quinta música, ele pediu desculpas ao público, explicando que estava com intensas dores de cabeça e que precisaria se retirar do palco, mas prometendo retornar em uma próxima oportunidade. Infelizmente, essa promessa nunca seria cumprida.
Paulo desmaiou no camarim devido a um derrame cerebral e foi levado rapidamente para o já extinto Hospital Piratininga. Contudo, devido à gravidade de sua condição, foi transferido para o Hospital São Paulo. Assim que chegou, entrou em coma profundo, e os médicos informaram que apenas um milagre poderia salvá-lo. Na tarde de 29 de julho de 1980, a equipe médica constatou que a condição clínica de Paulo Sérgio piorou, e às 20h30, confirmaram sua morte cerebral.

e outros cantores famosos da época
Legado
A morte de Paulo Sérgio deixou um vácuo irremediável na música brasileira. No entanto, seu legado musical permanece vivo. As rádios e os artistas que se inspiram em sua obra continuam a relembrar e tocar suas canções. As pessoas lembram Paulo Sérgio não apenas por suas melodias envolventes, mas também por sua capacidade de tocar seus corações.

muitas vezes comparada a
do “Rei” Roberto Carlos
A história de Paulo Sérgio é um lembrete da fragilidade da vida e da importância de valorizar os momentos. Sua contribuição à música brasileira, embora interrompida tragicamente, permanece relevante e continua a inspirar novas gerações. A memória do cantor será sempre preservada nas notas de suas músicas, ecoando o amor e a paixão que ele trouxe para o mundo através de sua arte.