Ao longo da história da Igreja Católica, alguns papas se destacaram por sua postura polêmica, seja por decisões controversas, comportamentos pessoais ou envolvimento em eventos históricos que geraram debate. Confira alguns destes papas
1. Papa João XII (955-964)
Nascido Otaviano, ele era famoso por seus relacionamentos extraconjugais e, de acordo com as fontes da época, teria até mantido relações incestuosas com suas próprias irmãs. Seu comportamento sexual escandaloso foi amplamente criticado, e ele foi descrito como alguém sem apreço pelos votos de castidade. Além disso, João XII foi acusado de ser imoral e corrupto, utilizando seu cargo para acumular riqueza e poder. Consequentemente, a Igreja o excomungou.

mãos do marido de uma de suas
amantes
Porém, em 964 ele sofreu uma morte misteriosa que muitos interpretam como castigo pela sua conduta inapropriada.
2. Papa Alexandre VI (1492-1503)
Rodrigo Bórgia foi um membro de uma influente família de origem espanhola que se estabeleceu na Itália. As polêmicas em torno dele se inicia já em sua ascensão como papa, com acusações de compra de votos manipulação política. Também o acusaram de utilizar o poder papal para favorecer sua própria família, os Bórgias. Ele fez de tudo para garantir que seus filhos, César e Lucrécia, tivessem posições de poder e riqueza.

rondam a família Borgia até hoje
Além disso, era conhecido que ele teve diversos casos extraconjugais.
3. Papa Pio XII (1939-1958)
O líder de Igreja Católica durante a Segunda Guerra gera até hoje intensos debates, especialmente em relação à sua postura durante o conflito. A principal controvérsia envolvendo Pio XII diz respeito à sua resposta ao regime nazista e à questão do Holocausto. Embora alguns tenham aclamado Pio XII por suas ações discretas durante a guerra, outros o criticaram, acusando-o de ser excessivamente cauteloso e até de não ter feito o suficiente para se opor às atrocidades cometidas pelo regime de Adolf Hitler.

até os dias atuais
Ele nunca condenou explicitamente as ações de Hitler no que diz respeito à perseguição aos judeus, e muitos questionam se uma condenação papal poderia ter ajudado a salvar vidas. A causa de beatificação de Pio XII também gerou críticas, especialmente de judeus e outros grupos que ainda sentem que ele não fez o suficiente para denunciar os crimes nazistas, até que finalmente foi suspensa em 2020.
4. Papa Bonifácio VIII (1294-1303)

Igreja e monarcas europeus
O maior e mais duradouro conflito de Bonifácio VIII foi com o rei Filipe IV de França que. a fim de financiar seu exército, procurou impor impostos sobre a Igreja. Quando Bonifácio VIII se opôs a essa medida, Felipe IV retaliou, tentando afirmar sua autoridade sobre o clero e questionando a supremacia dos papas.
Em resposta, Bonifácio VIII emitiu a bula Unam Sanctam, declarando que todos, incluindo os reis, deveriam submeter-se ao papado. Como muitos papas de sua época, acusaram Bonifácio VIII de nepotismo e de promover membros de sua família para cargos importantes dentro da Igreja. E, além disso, segundo um historiador britânico, Bonifácio teria dito que “Maria não era mais virgem quanto minha própria mãe” e que a hóstia não era mais que “farinha e água”.
5. Papa Estêvão VI (896-897)
Seu papado marcou um episódio grotesco conhecido como ‘Sínodo do Cadáver’. Um tribunal eclesiástico teve como réu seu antecessor, Papa Formoso, que desenterraram seis meses após sua morte. Vestiram o cadáver de Formoso com suas vestes papais e o sentaram em um trono enquanto o julgaram como se estivesse vivo.

estopim para a queda do Papa Estêvão VI
Declararam Formoso culpado e, além disso, jogaram seu corpo no Tibre, o rio que passa por Roma. Sua ação cruel foi muito mal vista e menos de um ano após o ocorrido Estevão VI foi preso e deposto por uma revolta popular. Ele foi encarcerado e, em seguida, provavelmente assassinado. A forma exata de sua morte não é clara, mas acredita-se que alguém tenha estrangulado ele enquanto estava na prisão.